A noite estava longa e as insónias eram a minha companhia. Temia ver as horas pois a desilusão podia ser grande...
Aguentei até mais não e quando vejo a claridade visitar as telas do quarto levanto-me num ápice e olho para o relógio, eram 7.30 da manha, um nevoeiro cerrado impede de olhar o horizonte e de fazer uma previsão meteorológica mais plausível...
Regresso à cama e estou decidido: quer chova quer faça sol hoje vou por a Honda a rolar!
Aguentei umas horas, mas no meu relógio passou-se apenas 30 min... Levantei-me e não precisei de ir ver o tempo, pois estava tomada a decisão, era andar de mota :)
Visto a roupa do esqui para anular os avisos de frio e chuva, e... Qual o meu espanto quando vejo o céu aberto a chamar por mim.
O bicilíndrico estava tão ansioso por trabalhar como eu em o ouvir, acho nunca pegou tão rápido, nem sei se tinha premido o botão até ao fundo e ele já cantava!
Maravilha de música.
A gota está em baixo, dirijo-me à bomba, passo por um autocarro que na madrugada anterior antecipou o seu inferno, desistindo da triste sina para a qual foi criado e resolveu arder. Na rotunda que se segue um acidente com despiste, mas apenas danos materiais... Servir como alerta, o piso está molhado.
A gota entra no deposito e... Tá a rolar... Os rios testemunham as últimas chuvadas que me desassossegaram a semana.
Começo por parar a TA junto à casa de Antero de Quental.
As tulipas dão-me os bons dias, os jardins estão imaculados e o que resta do aqueduto refresca-me o olhar.
Só me falta ir ver o mar para regressar a casa, saciado com o pequeno, mas oportuno passeio a Vila do Conde.