domingo, 23 de maio de 2010

Depois do chá… happy hour!

(Artigo Publicado no Jornal Viver a Nossa Terra – Edição Junho 2010)

Sim, é mais uma tradição inglesa que serviu de mote a mais uma reflexão comum!

Num período em que o Presidente da Republica aprova leis que, aparentemente, discorda, só porque não quer ouvir o Pacemaker do coração da Democracia, que segundo ele, não tardaria em marcar o passo e porque, diz, problemas maiores nos deves ocupar…

Será? Não estará o seu estômago, Sr. Presidente, a ter a pretensão de ser a medida da gastronomia mundial?

Uma hierarquia de valores nunca será fácil estabelecer, muito menos consensual! Arriscou, Sr. Presidente, mas talvez não concordemos com ela!

Uma coisa é certa, estamos preparados para o pior e damos-lhe razão quando tenta apagar manobras de diversão que nos desviam do âmago das questões e dos problemas e nos tentam a distrair de forma leviana e irresponsável, própria  de quem não tem soluções.

É certo que esta geração que se inicia na vida activa da sociedade, à mais ou menos anos, não terá as regalias daquelas que as tiveram e, talvez, nunca as valorizaram devidamente.

Todos somos chamados a ser camaliónicos, a saber mais de cada vez menos, ao mesmo tempo que nos pedem versatilidade e saber enciclopédico. Será mais uma incongruência de uma sociedade em busca de hierarquizar os seus valores?

A convicção é forte, quando falamos no respeito pelo outro, pessoa e dignidade humanas, mas a desconfiança é muita quando tendemos a tratar a diferença como se fosse igualdade…

Sempre defendemos que a diferença é diferença e é esta que conduz à existência da igualdade. 

Uns teimam em dar-nos chá, enquanto outros se esforça por nos manter em Happy hour

 

Nota: A rubrica Voz Comum nasce a partir da reflexão sobre a imprensa regional. Nasce no sentido de promover uma proximidade típica da blogosfera. Assim, nasce esta mesma rubrica no Viver a Nossa Terra. Assim, convidamos todos os leitores a partilharem connosco estas e outras reflexões no Blog: http://vozcomum.blogspot.com. Por isso, propositadamente não fechamos as nossas reflexões. A ideia é rasgar ideias que, sendo partilhadas, possam ser amadurecidas. Contamos com a participação cívica dos nossos leitores.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Palavras para quê?

Querem um exemplo de que tudo é possível?

Olhem!

sábado, 1 de maio de 2010

À deriva… só com chá…!

Artigo Publicado na Edição de Maio do Jornal Viver a Nossa Terra

Acontecimentos recentes mostram uma sociedade à deriva… Andamos à deriva sempre que andamos desnorteados!

Andar desnorteados como a própria etimologia da palavra sugere, significa ter perdido a orientação, ter perdido o Norte…

Não é esse, já há muito tempo denunciado pelos nortenhos, o mal do nosso país?! Sim, ter-se perdido o norte!image

Neste desnorteio não olham a meios para atingir fins ou talvez nem se chegue a pensar nos fins para se equacionar os meios…

É o Carpe diem… nada mais!

Para mim, andamos à deriva sempre não sabemos para onde queremos ir. Parece domingo à tarde…

Pena é que para alguns de nós toda a semana é domingo à tarde, tudo se leva no ralentando musical, na desportiva, apenas com ludicidade, onde reina o informal e este personifica, muitas vezes, a falta de rigor, disciplina e exigência.

A semana não é domingo à tarde, o domingo à tarde é que faz parte da semana.

E são esses, os eternos domingueiros que me fazem pensar. São estes que, à semelhança do domingo à tarde, levam a vida a passear, deambulando pela vida, atropelando quem a leva a sério como se fossem esses os estrangeiros deste mundo ou os marginais de uma sociedade pagã, que se esvazia de valores…

São estes aqueles que se irritam sem motivo, que não dão a mão a ninguém, mesmo parados numa fila, aqueles que pensam que todos os outros podem ser tratados de qualquer maneiro, como se nunca tivessem passado a idade do egocentrismo, são aqueles que nos tratam como culpados do seu naufrágio.

Feuerbach fala de uma atitude comum entre os mortais, projectarem-se no outro (ele refere-se a Deus). Julgamos o outro como se de nós nos tratássemos…

Meu Deus! Será que, mesmo em tarde de domingo há motivo e lugar para tantos atropelos, agressividade, frieza de trato, aspecto e relações ásperas?

Aproveitemos, sempre que nos sentirmos movidos por comportamentos reflexos, para tomar um pouco de chá…image

Feliz expressão: Aquele tomou chá em pequeno!

É isto talvez, sem pretensão de ditador de ideias, a solução de muitos dos problemas, da casa ao vizinho, passando pelo trabalho, do superior ao polícia, do árbitro ao professor, do pai ao filho e do marido à esposa.

A alergia a tudo e a todo que paira no ar é mesmo contagiante, qualquer um espirra por tudo e por nada… O anti-histamínico talvez seja uma boa chávena de chá.